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16 de Novembro de 2015
Soja: Em Chicago, mercado inicia a sessão desta 2ª feira com ligeiras quedas

As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana em campo negativo. As principais posições da oleaginosa exibiam ligeiras quedas entre 0,50 e 1,50 pontos, por volta das 7h56 (horário de Brasília). O vencimento janeiro/16 era cotado a US$ 8,53 por bushel.

O mercado dá continuidade às perdas registradas em boa parte da semana anterior. Em meio à finalização da safra americana, os investidores observam a evolução da safra sul americana. No caso do Brasil, até a semana passada cerca de 61% da área estimada para essa temporada já havia sido semeada com o grão.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga novo boletim de embarques semanais. O número é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações.

Confira como fechou o mercado na semana anterior:

Na CBOT, soja tem semana negativa e acumula quedas de mais de 1%, no Brasil, perdas de até 5%

As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira (13) com quedas mais acentuadas. Ao longo do dia, as cotações da oleaginosa ampliaram as perdas e terminaram o pregão com desvalorizações entre 6,75 e 10,25 pontos. O vencimento janeiro/16 fechou a sessão a US$ 8,55 por bushel. Na semana, as quedas ficaram entre 1,38% e 1,52%.
De acordo com informações do consultor de mercado Flávio França Jr., da França Junior Consultoria, o mercado acabou sendo pressionado por movimento de vendas. “Hoje, tivemos uma pressão de vendas maior e mesmo com o suporte do consumo, os preços caíram. O mercado também manteve a pressão negativa vinda do relatório de terça-feira”, afirma.

O principal fator que movimentou os preços ao longo da semana foi o boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado na última terça-feira (10). O órgão acabou surpreendendo os participantes do mercado ao indicar a produção norte-americana em um recorde de 108,35 milhões de toneladas do grão para essa temporada.

Do mesmo modo, a produtividade das lavouras também foi revisada para cima e estimada em 54,77 sacas por hectare. Consequentemente, os estoques finais americanos subiram para 12,65 milhões de toneladas nesta safra. E os produtores norte-americanos praticamente já encerraram os trabalhos de campo, já que no início da semana, o USDA ainda informou que 95% da área semeada havia sido colhida.

Apesar da finalização da colheita, os produtores norte-americanos seguem retraídos nas vendas, o que, segundo os analistas, contribuem para a sustentação dos preços. Ainda de acordo com os especialistas, os atuais patamares praticados no mercado internacional são insuficientes para cobrir os custos de produção e ainda deixar uma margem de lucros aos agricultores.

Paralelamente, a atenção do mercado está voltada ao plantio do grão na América do Sul. Até essa semana, a semeadura do grão já estava completa em 61% da área projetada para o Brasil, porém, ainda segue atrasado.

"Acreditamos que o mercado ainda não tenha precificado esse início de temporada no Brasil. Ainda temos alguns problemas com o clima adverso no norte de Minas Gerais, parte de Goiás, no Tocantins e nos estados do Nordeste, como Maranhão, Piauí e Bahia. Porém, temos lavouras excelentes no Paraná, Mato Grosso do Sul, sul de MG, São Paulo. Já no Mato Grosso, o cultivo do grão evoluiu bem", explica o consultor de mercado.

"O mercado continua a observar as previsões climáticas, que mostram chuvas sobre a região Centro-Oeste do Brasil e depois das fortes tempestades essa semana no Norte da Argentina e Sul brasileiro", disse Bryce Knorr, analista e editor do site internacional Farm Futures.

No Brasil, as chuvas permanecem irregulares no Centro-Oeste e deverão continuar dessa forma nos próximos dias, conforme boletim informativo do agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos. "Chuvas mais generalizadas só deverão ocorrer na próxima semana e mesmo assim, somente mais para o final da semana. Até lá a previsão é para eventuais pancadas de chuvas, muito irregulares. Desse modo, o plantio da soja ainda continuará “andando de lado” e novas perdas deverão ocorrer", completa.

Mercado interno

Enquanto isso, a semana também foi negativa aos preços da soja no mercado de portos e interno no Brasil. No terminal de Paranaguá, a cotação da saca do grão para entrega março/16 caiu 3,90% e fechou a semana a R$ 74,00. Já o preço da soja disponível registrou ganho de 3,82% e terminou a sexta-feira a R$ 81,50. Em Santos, a perda semanal fiou em 3,34%, com a saca da oleaginosa cotada a R$ 75,20. Já em Rio Grande, o preço disponível ficou estável em R$ 82,00 a saca e a cotação futura a R$ 78,50, com leve alta de 0,64.

No mercado interno, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, ambas em Mato Grosso, acumularam desvalorizações de 5%, com o preço a R$ 66,50/sc. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a queda foi de 2,50, com a saca do grão negociada a R$ 78,00. Nas três praças do Paraná, Ubiratã, Londrina e Cascavel, os preços recuaram 1,45%, com o preço a R$ 68,00. Na região de Jataí (GO), a queda foi menor, de 0,77%, com o valor da saca a R$ 64,50. Em Não-me-toque (RS), a semana foi levemente positiva, com alta de 0,69% e a saca da soja cotada a R$ 73,00.


Os analistas ressaltam que, com a recente acomodação do dólar, as cotações também foram influenciadas. "Tivemos um recuo nos preços, depois da acomodação do dólar. Da safra 2015/16, faz cerca de duas semanas que as negociações acontecem pontualmente. Mas, os produtores já venderam boa parte da safra e agora estão focados no plantio e na garantia de boa produtividade", completa o consultor de mercado.

Cerca de 43% da safra brasileira já havia sido comprometida, ainda conforme levantamento da França Junior Consultoria. No mesmo período do ano anterior, cerca de 16% da safra 2014/15 havia sido negociada e a média dos últimos cinco anos é de 31%. Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas mais de 100 milhões de toneladas do grão no país.

Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana fechou a sessão a R$ 3,8331 na venda, com alta de 1,75%. Na semana, o dólar acumulou ganho de 1,88%, de acordo com a agência Reuters. O câmbio encontrou sustentação nas especulações a respeito do Ministério da Fazenda e temores sobre a política monetária dos EUA.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Notícias Agrícolas

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